Análise: Athletico enfrenta dificuldades na Sul-Americana e se prepara para um final de ano desafiador na luta contra o rebaixamento

O Athletico, com sua abordagem de “feijão com arroz”, resistiu apenas 17 segundos em campo. A tentativa de simplificar o estilo de jogo após a troca no comando técnico, focando em uma defesa mais sólida e abandonando um jogo mais elaborado, não deu certo.

Logo no primeiro lance, Almendra acertou um golaço que pegou todos de surpresa. O chute do meio-campista argentino foi de uma precisão incrível e, embora o gol no início tenha afetado o time taticamente e psicologicamente, o Athletico também contribuiu para a própria derrocada.

O Racing dominou completamente o primeiro tempo e encaminhou a classificação. Roger Martínez e Adrián Martínez aproveitaram as falhas do sistema defensivo atleticano e ampliaram o placar antes do intervalo.

Lucho González optou por escalar Léo Godoy na lateral e retornar Erick ao meio de campo, formando dupla com Gabriel. No ataque, Cuello, Canobbio e Mastriani completavam a formação. Entretanto, a equipe teve muita dificuldade em fazer a bola circular com qualidade no meio-campo, o que resultou em poucas chances de gol. A única oportunidade clara foi de Canobbio, em um bom lançamento de Kaique Rocha.

Com o 3 a 0 no placar, Lucho fez três alterações no intervalo: Nikão, Christian e Pablo entraram nos lugares de Godoy, Erick e Mastriani. A decisão de manter Erick no meio, após as críticas ao seu desempenho como lateral, mostrou que Godoy também teve dificuldades para justificar sua titularidade nos primeiros 45 minutos.

O Athletico precisa reagir rapidamente para evitar um final de ano melancólico, tanto na Sul-Americana quanto no Brasileirão.